Triathlon na veia – Rumo ao Ironman Fortaleza
Ultimamente, houve um aumento considerável na demanda de trabalho e estudo, muito em função do doutorado. Isto naturalmente tem seu impacto na minha rotina de treinos, já que não é incomum passar várias horas em jejum por não conseguir almoçar, além de ter poucas horas de descanso. Soma-se a isso a demanda dos eventos sociais e familiares, que por vezes me levam a ter que ir a uma festa e ficar horas de pé após um treino longo de final de semana.
Mas treinar para um Ironman exige treinos longos, mesmo durante a semana. Já imaginou que delicia correr 16k à noite, depois do trabalho? Inevitavelmente, acabamos por treinar por duas vezes em alguns dias, antes e após o trabalho…Sem a alimentação e descanso adequados, o rendimento acaba caindo, pois o corpo cobra!
Aconteceu comigo sábado passado, depois de uma semana difícil e uma sexta-feira com dois treinos e atendimento no meio, pulando refeições. Sai de casa às 5h da manhã para fazer o treino de 180k e já no km 70 minhas pernas não respondiam. Tinha a sensação de que poderia cair a qualquer momento. Meu corpo não aceitava mais fazer força, colapsou.
Abortei a missão com 100km. Vontade de chorar, raiva de não ter conseguido. Como pode? Vinha pedalando tão direitinho…Que frustração! Calcei as sandálias da humildade e fiz o possível para conseguir me alimentar melhor essa semana. Me lancei na missão novamente, agora ‘com o tanque cheio’. O resultado, enfim, foi um belo treino, para lavar a alma! Mais uma vez fica provado que a nutrição diária, e não só na prova ou no treino, é a quarta disciplina do triatlo. E não dar atenção a ela pode fazer você jogar fora meses de treino pesado. Agora, treino de 180k concluído, vamos que vamos rumo ao Ironman Fortaleza, dia 9 de novembro!”
Juliana Netto
