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Meia Maratona de Amsterdam – por André Mirsky

“Neste domingo corri a Meia Maratona de Amsterdam. Sou casado com uma holandesa que anualmente visita os avós em Laren. Esse ano aproveitamos para vir na época da Maratona, que eu já muito ouvia falar.

Mas o tempo era curto, eram oito semanas e eu estava sem treinar já fazia dois anos. Falei com a Márcia Ferreira, que já havia me treinado, e ela disse que daria para fazer a prova. O mais importante era fazer um pouco de rodagem para que eu conseguisse completar a prova. Esse era o meu objetivo.

Comecei a fazer os primeiros treinos e estava muito mal. Pace perto dos 6min/km e desconforto geral, mas aos poucos fui melhorando e em quatro semanas já corria bem os 10K.

Faltando um mês para a prova a Márcia começou a me passar treinos longos de 16K. Para mim, naquele estagio, já era muito, afinal estava correndo quatro vezes por semana e sem muito tempo a perder. Os treinos longos sempre são muito penosos para mim, uma vez que tenho um pouco de dificuldade em isolar o desconforto da vontade de parar.

À medida que as pernas foram melhorando fiquei confiante. Mas na terça-feira anterior à prova, treinando em um lindo Hey (campo verde em holandês) machuquei a perna esquerda, como uma tendinite. Mal consegui andar de volta para casa. Aí fiquei inseguro, mas descansei bastante, muito alongamento e no domingo já estava me sentindo melhor e com a certeza que iria conseguir completar.

Os primeiros quilômetros foram estranhos, acostumado com o Aterro do Flamengo, as ruas estreitas de Amsterdam eram um desafio extra. Até conseguir me desvencilhar da turma que não deveria estar lá na frente não foi fácil. Corria pela calçada, uma verdadeira corrida de obstáculos. Lá pelo Km 5 ainda estava complicado correr e em um dos meus desvios cai no chão e ralei meu joelho esquerdo. Lembrei da minha amiga Rosália, que, guardada as devidas proporções, também tinha caído na ultima prova e machucado o joelho. Logo logo uns holandeses me ajudaram a levantar e com muitos tapinhas nas costas voltei animado à prova.

Foquei no meu caminho, acelerei o que podia e fui me acostumando ao ‘trânsito’. O o fato de passar pelos outros atletas me motivava. Já estava correndo abaixo de 5min/km e me sentindo cada vez melhor.

Terminei super bem os 21K, com muita vontade de continuar. Mas já combinei com a Márcia que as próximas provas serão de menor distância, mas com maior intensidade. Acho que me realizo mais correndo os 5K no meu máximo, do que uma prova mais longa, tendo que saber dosar. Valeu a experiência, o fato de mesmo com pouquíssimo espaço de tempo para treinar, com dores na semana que antecedeu a prova, tudo deu certo no fim.

Sou velejador profissional, e estou acostumado a disputar os pódio em todas as provas que disputo. Sair do meu esporte e ir para a corrida amadora é uma experiência muito confusa para mim. Ver que eu não sou anônimo e amador nesse meio. Apenas um cara esforçado tentando fazer o meu melhor às vezes parece pouco, mas vejo a corrida de rua como um hábito saudável que pretendo continuar fazendo e claro, melhorando aos poucos, enquanto conseguir. Minha sogra com 53 anos fez ontem a Maratona em 3:47:00. Grande exemplo em casa de determinação.

André Mirsky tem 37 anos é Campeão Brasileiro, Sul Americano, duas vezes vice-campeão mundial de Iatismo e já participou da regata Volta ao Mundo Volvo Ocean Race em 2005 no time ABN Amro.

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