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20a Maratona Internacional de São Paulo – por Tássia Ferraz

Foi difícil, muito difícil, mas gratificante! Ano passado (2013), fiz a Maratona do Rio e me apaixonei. Decidi que faria uma maratona por ano, não importava onde.
Neste ano (2014), praticamente parei de correr para escrever minha dissertação de mestrado. Defendi no final do mês de maio e saí em busca da “maratona do ano”. Claro que eu não poderia fazer isto sozinha… E foi quando procurei a Equipe Márcia Ferreira.

A escolha da Maratona de São Paulo não foi por causa do percurso ou por qualquer afinidade pela cidade. Escolhi por ser uma cidade próxima do Rio de Janeiro e pela data, porque eu teria alguns meses para me preparar e fazer a prova ainda em 2014. Eu não fazia ideia do que me esperava!

Conversando com algumas pessoas mais experientes, soube que havia muitas subidas e túneis, que era uma prova mais complicada que a maratona do Rio. E a maratona do Rio, no ano anterior, tinha sido minha primeira prova de 42k. Eu não tinha experiência, treinava sozinha, sem assessoria, e lembro bem as dificuldades que tive. Fiquei preocupada com os relatos sobre a maratona de São Paulo.

Sou professora e tenho uma carga de trabalho bem pesada, que não me permite treinar muitas vezes por semana… Mas meus treinos foram otimizados com a ajuda da Márcia. Treinei muito nos trechos íngremes e nas areias do Rio de Janeiro. Fiz musculação e fui disciplinada no cumprimento das planilhas, pois não tinha tempo a perder. Tive medo de me dar mal na prova, mas no fundo me sentia preparada.

Antes de viajar, chequei as condições climáticas: eram péssimas! São Paulo sofria com uma estiagem de meses, o ar estaria seco, poluído e, para completar, a temperatura estaria alta. Tive mais medo, mas àquela altura só me restava enfrentar.

Durante o percurso, o que mais me castigou foi mesmo o clima. Eu estava preparada para subidas e descidas, mas não contava com um sol de 36/37 graus sobre a Marginal Pinheiros, sem sombra e sem água gelada. A parte mais difícil da prova foi aí, depois do trigésimo quilômetro, quando todo o gelo havia derretido e o sol estava à pino!

Eu sabia que se superasse aquilo a prova estaria ganha e me apeguei a esta ideia para continuar. Alguns corredores se juntavam a mim e tentavam me acompanhar, mas não aguentavam e o mesmo acontecia comigo, quando tentava acompanhar alguém. Foi um desgaste muito grande… Lembrei das palavras da Márcia Ferreira e das dicas do Zeca, parceiro em SP, antes da prova… E o mal passou!

Os últimos 4 quilômetros tinham algumas sombras e eu consegui restabelecer meu ritmo. Fiz num tempo maior do que eu esperava, mas já tinha sido avisada de que isto costumava acontecer nesta prova, então fiquei tranquila.

Estou feliz, muito feliz, por ter superado o calor, a seca, os túneis e as subidas e por ter contabilizado mais uma maratona!
Muito obrigada Equipe Márcia Ferreira! Que venham as próximas!

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